terça-feira, 8 de setembro de 2009

(DEZ)ESPERANÇA!


Falo das coisas que não deveriam ser ditas.
Acredito em promessas, que sei que não serão cumpridas.
Finjo sorrisos e anseio por abraços.
Tem horas em mim que a felicidade jorra nos gestos, tem horas que falta.
Me sinto sozinha nessa cidade repleta de faces.

Fico em silêncio, rodeada de sons.
Falo em angústias e procuro poesias.
Contradições.

Espero e-mails que não chegam.
Correspondências secretas que não existem.
Telefones que não tocam.
Encaro a madrugada vagando em sites onde não me acho.

As palavras fogem.
As ausências se vestem de saudades.
Procuro nas propagandas que chegam na minha caixa postal, qualquer uma que me indique o caminho percorrido....mas até elas não me pertencem.
E eu ando atrás de encantos...de encantamento.
A família reunida, comemorando uma data sagrada.
A doçura de um chocolate substituindo afetos.

Penso nos quilos que ganhei nos últimos anos...
No cigarro que trago e não devo...
Na vontade de estar distante, no entanto, presente.
No emprego dos sonhos, que nem procurei...

Minha alma melancólica insinua felicidade pelas frestas e eu teimo ainda atrás de arco-íris fictícios de dias que jamais virão..
Ignoro falas, presenças, companhias...
E continuo a busca do que já não sei se quero.
Esperança de outras eras que não essa.
Outras que nunca existiram, mas pelas quais, insisto em sentir saudade.


Um comentário:

  1. A cada dia te gosto mais.
    Vc é simplesmente maravilhosa.
    Beijo gde.
    Alê.

    ResponderExcluir