sábado, 9 de julho de 2011


DESILUSÃO!

O tempo, de vento em vento, desmanchou o penteado arrumadinho de várias certezas que eu tinha. Hoje depois de uma triste certeza ele descabelou completamente a minha alma. Mesmo que isso tenha me assustado muito aqui e ali, no somatório de tudo, foi graça, alívio e abertura, pois nunca precisei de certezas estáticas, sempre achei que gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar, de se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura, de duvidar até acreditar com o coração isento das crenças alheias. O que sempre precisei foi saber criar espaços, não me importando com o tamanho dos apertos.
Sempre fui carente de um olhar fresco, que não envelhece, apesar de tudo o que já viu e viveu...de um amor que não enruga, apesar das memórias todas na pele da alma.
No momento preciso urgentemente, deixar de ser sobrevivente para, finalmente, viver. To precisando mesmo é aprender a ser feliz a partir do único lugar onde a felicidade pode começar, florir, esparramar seus ramos e compartilhar seus frutos.

Ter essa consciência é um tormento...o mais que aprendemos é o menos que temos. Toda resposta contém uma nova busca, uma busca para a não existência, uma jornada sem fim...
Nosso futuro já foi escrito por nós próprios, mais nós não captamos o sentido de nosso programado curso de vida, o nosso FUTURO SIM já foi gasto por nós próprios e nós apenas deixamos acontecer, e não nos preocupamos, afinal, nós apenas tememos o que vem e cheira a morte todo dia, procurando pelas respostas que estão no ALÉM...
Como doí acreditar no que não existe...tudo não passou de mais um SONHO!


terça-feira, 31 de maio de 2011


ME DEIXA!

Mesmo quando dolorida, a vida é simplesmente maravilhosa.
Como seria bom se conseguissemos na correria da época atual, que a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer, mais senso da própria dignidade, não importando idade, dinheiro, cor, posição, crença....não importando nada.
Por isso eu te peço...me deixa errar mais uma vez, porque também sou isso: incerta, frágil, insegura, as vezes dura, e ansiosa de não te perder agora que vislumbro um horizonte.
Me deixa errar e me compreende, porque se faço mal é por que gosto de você, desta maneira tola, e tonta, eternamente recomeçando a cada dia como num descobrimento dos seus territórios de carne e sonho, dos seus desvãos de música ou voo, seus sótãos e porões e dessa escadaria de sua alma.
Me deixe errar mas não me deixe....para que eu não me perca deste ténue fio de alegria, dos sustos do amor que se repetem enquanto houver entre nós essa magia.



domingo, 29 de maio de 2011

LEVE!


Viver não é, e nunca foi fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem, magoas, rancores, ressentimentos, duvidas, medos, decepções a respeito de pessoas que muito amamos....a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.
A vida sempre nos dá um espaço de manobra: vou tentar aprender a usa-lo para me reinventar.



ARTHUR
DA TAVOLA!


http://3.bp.blogspot.com/_C_fhQQfoAFs/TSPCjcx4BaI/AAAAAAAAIuM/i8IAFArAiFI/s1600/arthur+7.jpg

(Compartilhando esse texto por gostar demais.)


Aos casados há muito tempo, aos que não casaram, aos que vão casar, aos que acabaram de casar, aos que pensam em se separar, aos que estão juntos, amigados, colados, aos que acabaram de se separar, aos que pensam em voltar.

Por mais que o poder e o dinheiro tenham conquistado uma ótima posição no ranking das virtudes, o amor ainda lidera com folga. Tudo o que todos querem é amar.

Encontrar alguém que faça bater forte o coração e justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe, cair de quatro, babar na gravata. Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar dentro de um ônibus lotado. Tem algum médico aí??? Depois que acaba esta paixão retumbante, sobra o que? O amor. Mas não o amor mistificado, que muitos julgam ter o poder de fazer levitar. O que sobra é o amor que todos conhecemos, o sentimento que temos por mãe, pai, irmão, filho, amigos.

É tudo o mesmo amor, só que entre amantes existe sexo. Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O amor é único, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, a sedução tem que ser ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragíliza, e de cobrança em cobrança acabamos por sepultar uma relação que poderia ser eterna.

Casaram. Te amo prá lá, te amo prá cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes nem necessita de um amor tão intenso.

É preciso que haja, antes de mais nada, respeito. Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor, só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar.

Amar, só, é pouco. Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas pra pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar. Entre casais que se unem visando à longevidade do matrimônio tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.

Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às vezes fingir que não viu fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não
significa,necessariamente, fusão. E que amar, isoladamente não basta.

Entre homens e mulheres que acham que o amor é só poesia, falta discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom, pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande mas não é dois. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.

O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom amor aos que já têm! Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!


quarta-feira, 25 de maio de 2011


SENTIMENTOS.

Exatamente há um mês atras, você estava aqui, tive você nos meus braços...tinha tudo pra ser maravilhoso. Mas somos assim mesmo, não damos o devido valor quando se tem disponível. Agora longe, muitas vezes sem nenhum tipo de contato é que vemos que um simples aperto de mão, ou um beijo como o que te roubei, pode arrepiar até o último fio de cabelo.
Ontem sentia que faltava algo, hoje você é responsável por uma dor que não me é cruel, mas o seu descaso me machuca tanto...Mas apesar de tudo isso, não importa o quanto às vezes seja difícil, o quanto às vezes eu me atrapalhe, o quanto às vezes eu seja a densa nuvem que esconde o meu próprio sol, ou quantas vezes seja preciso recomeçar:
combinei comigo não desistir de mim.

segunda-feira, 23 de maio de 2011





Entre idas e vindas me resumo feliz,
entre altos e baixos sou até equilibrada.
Sendo assim tá na cara e não tem pane:
anda meio mal....mas vou sair dessa!


NÃO ESTA CORRETO?

Dizem que a gente pode se entristecer por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos estar preparados para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la. Isso prova que estamos vivos.

Pode parecer confuso mas é um alento. Quando olho para os lados, é triste perceber que estamos vivendo numa era em que pessoas matam por qualquer motivo...é em briga de trânsito, é por um ténis da moda, é para comprar drogas, matam até por um suposto amor... Sem falar que a maioria das pessoas sempre reclama que estão sem dinheiro, e isso sempre deixa o ser humano disposto a cometer qualquer ato ilícito pela tal sobrevivência.
Quem tem emprego, segura, quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba em busca do que ainda não sei... somos escravos do relógio, do tempo, das horas. Não conseguimos mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo uma boa música, quanto mais se tem mais se quer.
Há tanta coisa pra fazer, pra correr atraz, que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso que sempre digo: qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um prazer, um entusiasmo, pode ate mesmo ser uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento e sempre da muito trabalho.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições...poder. Parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido.
Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões e a nossa alma. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada.

Triste é não sentir nada.

domingo, 22 de maio de 2011

O MEDO DA DOR!

Eu a cada dia acredito mais que o maior medo do ser humano, depois do medo da morte, é o medo da dor. Dor física: um corte, uma picada, uma ardência, uma distenção, uma fratura, uma cárie. Dor que só cessa com analgésicos e antinflamatorios, no caso de ser uma dor comum, ou com morfina, quando é uma dor insuportável. Mas é a dor emocional a mais temível, porque essa não tem medicamento que dê jeito, e digo isso por experiência propria porque estou passando por isso nesses ultimos anos, e como esta demorando a passar!

Uma vez, conversando com uma amiga, ficamos nessa discussão por horas: o que é mais dolorido, ter o braço quebrado ou o coração? Uma pessoa que foi rejeitada pelo seu amor, ou perdeu um ente querido sofre menos ou mais do que quem levou alguns pontos depois de uma queda? São dores absolutamente diferentes....eu acho que dói mais a dor emocional, aquela que sangra por dentro, que rasga e nos consome dia apos dia. Qualquer mãe preferiria ter úlcera para o resto da vida do que conviver com o vazio causado pela morte de um filho.

As estatísticas hoje não mentem, e eu infelizmente faço parte dela: é mais fácil ser atingida por uma depressão, do que por uma bala perdida. Existe médico para baixo astral? Psicanalistas. E remédio? Anti-depressivos. Funcionam? Funcionam, mas não com a rapidez de uma injeção que tomo quando a coluna ataca, não com a eficiência de uma cirurgia, como as varias que já fiz. Certas feridas não ficam à mostra. Acabar com a dor da baixa-estima é bem mais demorado do que acabar com uma dor localizada, e o pior é que ninguem nos entende e muito menos nos aceita.

Parece absurdo que alguém possa sofrer num dia de céu azul, na beira do mar, numa festa, num bar. Parece exagero dizer que alguém que leve uma pancada na cabeça sofrerá menos do que alguém que for demitido. Onde está o hematoma causado pelo desemprego, onde está a cicatriz da fome, onde está o gesso imobilizando a dor de um preconceito? Custamos a respeitar as dores invisíveis, para as quais não existem prontos-socorros. Não adianta assoprar que não passa.

Tenho um respeito tremendo por quem sofre em silêncio, principalmente pelos que sofrem por amor ou perdas irreparaveis. Perder a companhia de quem se ama pode ser uma mutilação tão séria quanto a sofrida por quem perde um braço ou uma perna, só que os outros não enxergam a parte que nos falta, e por isso tendem a menosprezar nosso martírio. O próprio tetraplegico terá sua dor emocional prolongada por algum tempo, diante da nova realidade que enfrenta. Nenhuma fisgada se compara à dor de um destino alterado para sempre!

Passei a minha vida inteira ouvindo que nada é para sempre...e que há sempre o momento de pedir ajuda, de se abrir e de tentar sair do buraco. Mas, antes, é imprescindível passar por uma certa reclusão. Fechar-se em si, reconhecer a dor e aprender com ela, enfrentá-la sem atuações, deixar ela escapar pelo nariz, pelos olhos, deixar ela vazar pelo corpo todo, sem pudores. Assim como protegemos nossa felicidade, temos também que proteger nossa infelicidade.
Não há nada mais desgastante do que uma alegria forçada, e disfarçar a dor é dor ainda maior, por isso optei pela reclusão. Pra que subir ao palco se não estou feliz??

Acho até que ela já virou minha companheira. Olhando de perto, alguns momentos percebo que ela ate já deixou de doer, só tem fama, mas não consigo dela me soltar. Quem sabe, pelo receio de não saber o que fazer com o espaço, às vezes grande, que ficará desocupado se ela sair de cena. Vazio é também terreno fértil para novos florescimentos, mas costuma causar um medo inacreditável.
Quando criar coragem vou deixar de dar casa, comida e roupa lavada para essa tal dor, e assim quem sabe ela desaparecerá.

Vai passar, só isso eu sei!


sábado, 20 de novembro de 2010


COMO UM POR DO SOL

É inegável a beleza dos momentos em que o sol, tão próximo do horizonte, marca a fronteira entre o dia e noite

Namorando essa foto foi que pude observar o quanto ela esta sendo significativa para esse momento. Minha ansiedade era tanta por sua vinda, que talvez por isso minha frustração esteja sendo tão imensa. A sensação que sinto é que tudo esta transcorrendo como um por do sol...de uma beleza ímpar, mas quando emergimos e começamos a pensar na sua magnitude...ele já se foi.

Sabe primo, ao longo da minha vida, por várias vezes me vi a beira de um porto, num dia esperando ansiosamente a chegada de alguém, e em outro partindo em busca de pessoas ou de sonhos e realizações pessoais. Não há como ser diferente, e o que deve importar nesses momentos únicos, é a certeza de que na chegada conseguimos demonstrar a nossa felicidade e na partida deixar e sentir saudades. Já estou ficando triste sabia...o dia da despedida esta chegando, e olha eu aqui me sentindo a beira do porto, deixando para traz pedaços de minha vida e levando comigo mais um pedacinho de você nos poucos momentos que conseguimos juntos ficar. É incontestável e não preciso nem dizer o quanto foi bom ter você aqui, e de como foi bom esse convívio, essa alegria do contato, o sorriso franco, o abraço amigo...o que me consola é saber que vamos voar em espaços opostos no mesmo dia!

Mas olha, quando lá adiante a saudade falar mais alto, tenha certeza que vou lembrar de você com muito mais carinho do que sempre lembrei, a lembrança será doce mas mais amena...
Infelizmente nós humanos somos assim, nossa vida é assim, nascemos para sentir saudade, nascemos com o estigma da despedida. Que bom se pudéssemos carregar para sempre todas as pessoas que amamos, mas, como tudo tem um preço, nada vem de graça, nada é fácil, até porque o fácil não tem gosto, o disponível não nos interessa, nos lançamos na vida tendo a certeza de que é assim, de encontros e despedidas é que construímos a nossa história, nossos sonhos, nossas vitórias e conquistas, partindo e chegando, aportando e ancorando na vida das pessoas que amamos, procurando permanecer de certa forma na lembrança de todos aqueles que nos acompanharam e levando delas só o melhor, que nos servirá de combustível até chegarmos a um novo ponto de chegada ou a uma nova partida.
TE AMO PRIMO....se cuide viu e não passe mais 4 anos sem nos ver!
Volta logo.

sábado, 16 de outubro de 2010

To Love Again - Sharon Cuneta

ESSE VIDEO ME FEZ RELEMBRAR MOMENTOS ESQUECIDOS E MUITOS FELIZES. COMO PODE UMA SIMPLES CANÇÃO NOS FAZER VOLTAR AO TEMPO E ENCHER NOSSO CORAÇÃO DE TANTA SAUDADE.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010


Quanto tempo será que se leva prá "curar" a dor da partida de um ente que muito amamos??
Li algumas coisas sobre esse assunto nos meus devaneios virtuais, e na maioria delas o diagnóstico é mais ou menos igual: de três a seis meses é o tempo considerado normal. Se depois de um ano o sofrimento persistir, passa a ser patologico.
Se eu entendi bem, passados 180 dias de ausência daqueles que amamos, o natural é que a gente comece a se interessar por outras coisas e deixe de sentir dor. Em 180 dias, no máximo, temos que chorar toda a perda, processar todo o pesar, racionalizar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Seis meses. É o prazo limite, se tivermos uma cabeça saudável. Li, compreendi, achei sensato e confortante, mas nada serviu pra mim, apenas cheguei a triste conclusão que faço parte da raça das patológicas.
Nas muitas vezes em que vivi um trauma de perda, eu extrapolei o prazo dado pelas matérias virtuais. Raras vezes me enfurnei em casa, nunca neguei o chamado da vida, fui à luta e segui vivendo, mas a dor era sempre minha companheira de jornada. Agora eu tenho vivido assim com a perda que tive a 15 dias atraz. Curto um luto branco, não aparece para os outros, mas é sagrado pra mim. Dura o tempo que eu permito.
Talvez fosse mais honesto dizer que até hoje sofro todas as minhas perdas. Isso parece doença porque a maioria das pessoas acha que sofrer significa encharcar travesseiros e fechar-se para sempre pra vida. Sofrer e ser feliz não precisam ser incompatíveis. No meu caso, não é. Devo ser uma pessoa privilegiada por isso, trago as emoções e a cabeça em ordem, mas não esqueço de nada nem de ninguém. Eu me lembro de tudo. Eu valorizo tudo. Eu reverencio todos os meus grandes momentos partilhados. Eu os reconheço como legítimos e insubstituíveis, e os homenageio com minha saudade. Choro quando as lagrimas brotam, dramatizo quando a emoção fala mais alto...e ai de quem me disser que isso tem data prá acabar!
Cada um vive de acordo com as suas conveniencias...e eu vivo como acho que tem que ser...eterno enquanto durar!
Saudade de todos que partiram ou sairam da minha vida. Estejam eles vivos ou mortos, a certeza de que um dia vamos nos encontrar, me torna mais serena e me da a paz que tanto preciso.

domingo, 1 de agosto de 2010


Disseram-me que os sonhos são azuis,
que a tristeza desaparece perante tamanha beleza.
Os meus sonhos não têm cor empalidecem e transformam-se
em nada, à medida que o tempo passa.

sábado, 3 de abril de 2010


INVISÍVEL...


Pensando seriamente em mudar meu nome virtual para "Invisível Mulher"...
Muita gente olha para mim, mas ninguém consegue enxergar a profundidade da minha busca, do meu desamparo, da minha solidão.
A necessidade de encontrar um desvio na trilha da solidão para não entristecer na vida, esta se tornando um desafio para continuar a minha jornada nesse mundo onde me sinto cada vez mais desprotegida de tudo e de todos.
Quero colo, alguém que me console, enxugue minhas lágrimas mas ninguém consegue, talvez pelo meu jeito de ser, enxergar essa carência em mim.
Me sinto uma verdadeira tragédia grega ambulante....é quente ou frio, morno, jamais, intensidade deveria ser meu sobrenome....não aguento mais padecer de tanta solidão...chegando a conclusão que a humanidade em sua grande maioria cada vez mais sofre desse mal anonimamente e poucos tem a coragem de dar esse grito....mas a realidade é que todos, somos muitos solitários...
A vida é realmente feita de momentos, momentos eternos...eternas fontes de prazer, e não importa se o infinito é finito, se o eterno tem fim. ...
Pois é... a vida é assim mesmo, o pior é que quando finalmente aprendemos a viver, normalmente já não temos tanto tempo para tal...
Dia desses até falava com uma amiga minha sobre as mudanças e "perdas" que enfrentamos na vida. Cheguei à triste conclusão que não perdemos nada, a nossa vida é que não precisa mais do que foi deixado para trás. Sejam crenças, hábitos, pessoas... Só nos resta saber deixar para trás o que passou e receber o novo de braços abertos...mas como aprender a abrir os braços, alguém me ensina?
A gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela.
Martha Medeiros escreveu em uma das suas cronicas: "Nunca a janela do outro, o que a gente vê é o que vale. Não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente. A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta.
Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso.
Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança.
Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias que nem vale a pena acreditar na humanidade.
Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade.
Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem".
Talvez sofra tanto e seja tão mal compreendida, porque como poucos eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Fazer isso me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contra partida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde esteja me posicionando, a razão pode ate estar do meu lado, mas a perco assim que troco de lugar com alguém.
Só possuindo uma visão de 360 graus para ter a pretensão de me achar sabia, e a sabedoria recomenda que eu fale menos, que bata menos o martelo e que seja menos enfática no meu jeito de ser, agir e pensar, pois tenho a humildade suficiente para reconhecer e aceitar que todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto de qualquer analise ou julgamento que façamos.
Ai é que reside o triunfo da dúvida.
Eu diria que essa minha interpretação sobre a solidão é uma maneira menos melancólica de encarar minhas perdas e derrotas.
Tudo é tão transitório...deve valer a pena olhar para a vida com vontade de viver cada momento com maior intensidade. Sei ou melhor, tenho certeza que devo me abrir às mudanças, às novidades, às experiências... Enfim, neste momento, estou cansada...cansada ate de mim mesma.
Eu bem que poderia escrever um pouco mais... sobre viver com intensidade....ai, como esta sendo difícil, só de pensar e tentar, me cansa, porque não vai me levar a nada.
Não posso me estressar, meu cardiologista, meu ortopedista, minha fisioterapeuta, minha fisiatra e minha dermatologista já disseram isso inúmeras vezes. Mas não consigo ser diferente do que sou, e não sendo como sou é viver de maneira superficial; é não sentir a vida; é não tentar sentir as pessoas; é não viver com intensidade de alma, de espírito. É não viver!
Se tudo isso que hoje vivo não for amor é da mesma família. Pois o que sobrou é o que sobra dos corações abandonados. A carência, a saudade, a mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não sei se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.
Por isso expresso em palavras os desejos da alma...mas, nada digo de novo...Muitas vezes revisto...coloco um adereço nas idéias fervilhantes para não banalizar...não mediocrizar...fazer pensar...e muitas vezes me pergunto por QUÊ?
Muitas vezes finjo que entendo...e com olhar de paisagem até digo: Obrigada!
Não tenho PASSADO nem futuro...nem minh'alma mais tenho...O NADA, é a minha única companhia e a única certeza que tenho é que sou um coração batendo no mundo.



domingo, 14 de fevereiro de 2010


INCOERÊNCIAS...


Que não me percebam eu até compreendo...em parte a culpa também é minha que pouco falo de mim, dos meus sentimentos, por mais que me morda por dentro. Mas que não tentem perceber ou me entender e que venham para cima de mim com julgamentos e grandes teorias, fundamentadas no suposto conhecimento da minha pessoa...Isso é que eu não consigo aguentar...sei que sou rotulada por muita gente que não conhece a minha essência, meu jeito de ser, sentir, se expressar, agir, reagir...Mas confesso que hoje to me lixando para as pessoas que fazem isso comigo, especialmente, porque se me conhecessem realmente (como acham na sua suprema soberania que conhecem) perceberiam que muitas vezes do que preciso é de alguém que tente perceber, mesmo que não perceba, ou que não diga nada simplesmente... que me abrace ou me deixe falar e chorar...e sobretudo por pra fora a minha dor.
Minha tristeza é a certeza que tem um monte por ai que não me conhece realmente...pois ao invés de me sentir, de me apoiar, sinto o contrário...pois raramente a conversa não termina com um "sermão", nem sempre coerente com a realidade (uma realidade que nem tentam conhecer)... E se já estava mal... melhor não fico com certeza...Ou talvez eu esteja a ver as coisas mal... se calhar é de propósito...para que eu chore...e as lágrimas me lavem o rosto...
O pior é que chorar sem colo não consola ninguém...mas no meu colo todos conseguem um espaço para servir de encosto.
Estou, não nego, diante de tudo que venho enfrentando, fragilizada, perdida, assustada, temerosa...talvez seja isso...e não sou perfeita pra exigirem que eu compreenda essa avalanche de coisas, que só eles podem por as magoas pra fora...falar, opinar, julgar, supor...detonar...e falar o que querem, sem nem se preocupar se estão me magoando ou não.
Enchi...cansei...com todo direito de expressão que me cabe...liguei o "foda-se"...
Daqui pra frente vai ser diferente, vai ser assim e assim será, mesmo que doa a muitos....a realidade é simplesmente que estou farta desse papel de omissa de ouvir quieta, sem expressar minha opinião e acabar do jeito que hoje estou... hipertensa, serios problemas de coluna e sabe-se Deus o que mais, por não dar meu grito quando a vontade chega de gritar...e me recolher, me anular, me esconder como uma criminosa sem direito a defesa.
Desde que “me conheço por gente”, encontrava em livros, revistas, programas de televisão, etc, pessoas que nos orientavam a não ligarmos para o que os outros pensam, para o que os outros falam, e nem para os valores dos outros. Minha mãe sempre me ensinou o inverso, que tinha que tomar cuidado com a opinião dos outros, que vivíamos numa sociedade e que eu tinha que ter cuidado com que os outros falassem a meu respeito. Nunca concordei com isso, e pela minha própria natureza, nunca escutei esse seu conselho...talvez por ser exageradamente romântica, a minha conduta de uma forma geral sempre foi a de ouvir e seguir minha consciência, ou meu coração. Infelizmente me dei mal com minhas escolhas, porque com essa de "querer ser feliz" extrapolei a minha burrice de achar que o amor é quem domina o mundo e que através dele e numa choupana seria feliz.
Isso pra mim teve um preço muito alto...por não ter crescido "financeiramente", por não ter achado um marido que me sustentasse e me desse uma boa vida, acabei perdendo o respeito por muitos que dizem me amar e hoje querem manipular a minha vida, me tratando como se não tivesse ainda saído dos meus 8 anos.
Não sei quanto aos outros, mas quanto a mim, praticamente todos com quem entro em contato, se sentem influenciados fortemente por questões como prestígio, marcas, status, etc...Óbvio que não posso negar que adoro um conforto, comer bem, frequentar bons lugares, me vestir bem...poder sempre estar recebendo amigos na minha casa...mas não é essa a banda que toca na minha "vitrola"...hoje to me lixando pra tudo isso, mas por mais que viva, a cada dia me convenço que o vil metal fala mais alto.
Confesso que ao mesmo tempo me sinto atraída por essas questões, e desde criança, quem sabe pela educação recebida, essa “atração” trazia comigo uma certa desconfiança de que as coisas “chiques”, importantes, sofisticadas, e não só as “coisas”, mas as pessoas que ostentavam esses valores, no fundo, bem no fundo, eram pessoas tão simples quanto eu, e que por algum motivo, muito provavelmente a necessidade latente de se sentir importante, ou amado, as fazia buscar na ostentação, no alarde, o valor que não encontravam em si mesmas.
Hoje pra mim tem sido muito difícil viver, e conviver com essa percepção. Vivemos num mundo de mentirinha, como dizíamos quando crianças.
O mundo corporativo então, é uma lástima nesse sentido. É raro, muito raro e até gratificante encontrar alguém nesse meio que aja com naturalidade. Gente que dispense a necessidade de “parecer” mais do que é. Em parte é até compreensível. O marketing, a publicidade, o "status" nos forçam a mentir, a aumentar, a aludir coisas que não existem, e sustentar todo esse mundo criado é ainda mais difícil. Tem momentos que me sinto como se estivesse equilibrando pratos, ou mentiras. Contudo, pra quem sabe que o trovão faz do raio maior do que é, essas coisas não colam mais comigo.
A gratificação de encontrar gente assim, natural e que não me julgue tanto, me é cara, porque sei que também essas pessoas pagam um preço desconfortável por ser quem são em seu íntimo. Viver na mentira cansa....frustra e angustía.
O preço de existir é muito alto. Chega um momento em que constatamos que o preço de viver com simplicidade, só com o que precisamos mesmo, é muito mais barato e traz mais benefícios. É chato quando parece que somos os únicos a compreender o mundo à nossa volta...Pior ainda quando não podemos partilhar com o resto do mundo esses mesmos conhecimentos e dizer "Eu sei!", e não poder fazê-lo apenas porque os outros não têm capacidade para entender, ou mesmo a mente suficientemente aberta para aceitar que há coisas neste mundo que, embora não estejamos preparados ou não acreditemos, existem! É bom ser diferente. Sentir que estamos um passo à frente do destino e dos restantes mortais mas, ao mesmo tempo, é solitário. É dificil saber que aquilo que dizem não é da boca para fora, que há fatos nos quais nos baseamos para fazer tais relatos e ver que a pessoa à sua frente não acredita ou não entende...
Sinto o batimento já acelerado do meu coração a aumentar cada vez mais enquanto reina em mim aquela vontade louca de contar tudo e saber que não posso fazê-lo correndo o risco de ser chamado de louca.
E é por isso que prefiro a certeza desesperadora da morte a nunca ter tido a audácia de viver com toda a minha alma, com todo o meu coração, com tudo o que me for possível...
Enfim, prefiro a dor, mil vezes a dor, do que o nada...
Não há – de fato – algo mais terrível e verdadeiramente doloroso do que a negação de todas as possibilidades que antecedem o “nada”.
E já que a dor é o preço que se paga pela chance de existir, eu vou ousar, vou parar de ficar me defendendo por coisas que não fiz, posso ate desistir de uma maneira equivocada de agir, mas nunca de ser eu mesma...
Que venha o silêncio visceral que deixa cicatrizes em meu peito depois das desilusões e das decepções que tem se tornado rotina em minha vida... Mas que eu nunca, jamais deixe de acreditar que daqui a pouco, depois de refeita e ainda mais predisposta a acertar, vou viver de novo, vou doer de novo e sobretudo, vou acertar mais uma vez...mas só vou amar o que for digno de ser amado!
Assim, quem sabe, ainda consiga encontrar algum ânimo que me impulsione a ter pensamentos mais positivos e, logo, encontrar forças para seguir por opção, meu solitário caminho!
Sei que foi o rumo que escolhi e desde o princípio sabia que não ia ser fácil, mas tive coragem suficiente para tomar a minha decisão e vou mantê-la até ao fim dos meus dias. Ninguém me obrigou a tal e, apesar de eu ter a capacidade, não quero dizer que tenha de o fazer, mas... é mais forte que eu!
Algo, desde sempre, me empurra para algo que eu não sei definir. No entanto, eu sei o que quero... e quero muito!
E agora que tenho a oportunidade vou aproveitar até ao fim, vou derrubar todos os obstáculos e seguir em frente, longe de falsos sentimentos e hipocrisias.
Que importa o deserto à minha frente? Sei que no fim o meu esforço vai ser compensado ao ver que pude fazer muita coisa pelas pessoas que em mim confiam e de mim precisam. Apenas a opinião desses me importarão, apenas desses.O resto??
O tempo é o senhor da razão...e não que deseje isso a ninguém, mas a vida como a mim ensinou, vai ensinar a muitos, a experimentar o fel de se acharem os donos da verdade e da razão...
Viver é se comprometer...e dizem por ai que o homem só se faz forte quando se decepciona...um dia eu chego lá!
Sou humana mas gostaria de ser como uma máquina, que tivesse como desligar a função do sentimento e da decepção, como tambem preciso aprender a cada dia a dar a devida importância da individualidade dos meus companheiros de jornada na Terra.
Apesar das aparências e até dos hábitos que desenvolvemos na convivência não posso esquecer que cada um é cada um, e muitas vezes ainda que tenhamos nascido do mesmo sangue, filhos, irmãos, somos diferentes porque somos espíritos nos encontrando na matéria, mas cada um tem a sua jornada e as suas particularidades e para de fato entender os outros preciso abrir mão de muitas exigências do ego, preciso aprender a perdoar, relevar e esquecer aquilo que me incomoda e ainda assim manter minha individualidade também respeitada, porque concessões em excesso também fazem mal, e isso eu fiz a minha vida inteira.
Se para conviver bem com alguém perco o contato com a minha alma estarei igualmente seguindo no caminho errado.
O difícil não é apenas aceitar o outro, é saber a hora de aceitar e não ligar para aquilo que tanto me incomoda e a hora de fazer valer aquilo que sou e penso.
"Senhor, dai-me força para mudar aquilo que posso; serenidade para aceitar o que não posso; e sabedoria para perceber a diferença entre uma situação e outra".

sábado, 30 de janeiro de 2010


AOS INDIFERENTES!


No livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, encontramos sábios conselhos, alertas, chamamentos de atenção por parte de Espíritos nobres, que seguramente trabalham em prol do bem e da nossa felicidade.
Um deles escreveu o seguinte:

"Cada época é marcada com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral".

Muitos vão dizer ou pensar que não acreditam nos Espíritos, e simplesmente ignorar essas palavras, mas uma coisa é certa: trata-se de uma grande verdade.
A nossa época é notável pelas conquistas intelectuais, mas lamentavelmente marcada pela indiferença moral.
Quando vemos, nas mídias, de maneira escancarada, a mentira, a corrupção, a hipocrisia, temos que dar razão aos Sábios do espaço, que nos observam atentos.
Pessoas que estão no poder se banham na corrupção e zombam do povo diante das cameras, numa demonstração vergonhosa de indiferença e desrespeito por aqueles que os colocaram na posição de comando.
Pais observam, passivos, o mau caráter de filhos tiranos, violentos, que pisam nos sentimentos alheios, como quem esmaga um verme infeliz.
Jovens, filhos de pais que fazem as leis ou que deveriam exigir o seu cumprimento, são os primeiros a desdenhá-las, desrespeitá-las, com visível cinismo, como se estivessem acima do bem e do mal.
Mães que maltratam filhos indefesos ou os jogam no lixo, como se fossem dejetos fétidos dos quais desejam se livrar.
Milhares de pessoas que se dizem injustiçadas invadem propriedades alheias com armas em punho, com violência, e com a certeza de contar com a impunidade e a indiferença das autoridades...
Povos inteiros são massacrados, subjugados, quase exterminados, por nada...apenas para que o mundo veja quem tem mais poder...
A pedofilia de repente virou moda...são velhos, jovens, pais de familia...filhos engravidando dos pais...o caos é total, geral, universal.
São realmente tempos de grande indiferença moral, não há dúvida...parece, mesmo, que o mundo vai acabar em corrupção, em conluios, conchavos, interesses mesquinhos de toda ordem...e isso tudo acontece diante dos nossos olhos, as vistas dos intelectuais do terceiro milénio, daqueles que deveriam e poderiam usar os veículos de comunicação para conter essa “tsunami” moral que tudo arrasta, poderosa...diante de uma geração que assiste a tudo em tempo real, graças aos avanços tecnológicos...
E as pessoas de bem se perguntam, desoladas: “Que mundo é esse, que tipo de pessoas está com as rédeas do planeta nas mãos?
Não se pode negar, todavia, que muitas estão indignadas, mas, lamentavelmente, a nossa indignação não sai do conforto do sofá, na sala aconchegante, de dentro da segurança de nossos lares.
São tempos de indiferença moral, de passividade, de insensibilidade generalizada, no entanto, devemos convir que se todos quiséssemos, poderíamos “emparedar” como fazemos no "reality show" da "venus platinada", e retirar de cena os malfeitores, em pouco tempo, isso sim valeria a pena, mas preferimos pagar para opinar nesses shows de faz-de-conta, como se isso nos garantisse alguma vantagem real....
E assim vamos vivendo, de ilusão em ilusão...e a indiferença vai se alastrando, destruindo, entorpecendo, adoecendo, infelicitando, aniquilando a esperança...
Confesso que como muitos, me sinto indignada com toda essa situação, mas o que fazer, como agir... como cobrar e manifestar esse sentimento, que atitude devo tomar com serenidade e bom senso, sem violência, pois devo considerar que toda atitude violenta não faz sentido, quando o que pretendo é justamente o contrário....quero paz, quero saúde, quero amor...quero qualidade de vida.
Vamos pensar nisso, e tentar não ficar só na indignação, já nos basta o que não podemos evitar que esta sob o desígnio divino, como as catástrofes que estão acontecendo cada vez mais intensas, tirando vidas de pessoas que na maioria delas, não fazem parte desse mundo desigual e que acabam pagando com a própria vida essa esbórnia.
Que "Ele" nos abençoe e nos ajude sobreviver a tudo isso.


Amor e respeito é tudo que precisamos!